As mãos suam, o corpo treme, a respiração fica ofegante, uma sensação de
náusea e aquela palpitação inegável no coração.
Todos estes são sinais de um dos males modernos: a ansiedade.
A vida, nos dias de hoje, é repleta de cobranças: no trabalho, na família,
nas relações sociais.

A cada dia estamos mais cheios de tarefas, compromissos, pendências. Uma
lista enorme de coisas a fazer. E nem sempre o tempo é suficiente.
Vem então a sensação desagradável de ter de fazer mais coisas do que damos
conta.
É comum ouvirmos as pessoas se queixando: Tenho tanto a fazer e gostaria
apenas de dormir.De ficar com minha família, de assistir a um bom filme, de
brincar com meus animais de estimação…
Por outro lado, as exigências da vida moderna nos obrigam a fazer cursos,
aperfeiçoar os conhecimentos. É a era da informação.
Como conciliar tudo isso com o natural desejo de se instruir, melhorar de
vida, aproveitar oportunidades, evoluir?
O caminho do equilíbrio é a solução.
É natural desejar o progresso e o aperfeiçoamento, tanto nos campos
ético-moral, como intelectual.
É da natureza humana estar em permanente aprendizado, adquirindo
conhecimento e agregando valor à sua bagagem cultural.
Mas o grande problema de nossos dias é a ausência de limites. Estamos cada
vez mais comandados pelas pressões externas, subjugados pelas imposições dos
diversos grupos sociais.
Raras vezes pensamos por nós. Não costumamos refletir sobre o que realmente
nos interessa.
Em geral, tomamos decisões sob extrema pressão. Resultado: desejamos fazer
de tudo um pouco. Queremos ler tudo, não desejamos a pecha de desinformado.
E a consequência imediata é o stress. O corpo não suporta tanta pressão:
adoece.
Nossa reação a esse mundo globalizado deveria ser serena: Vou aprender o que
puder, quando puder e no meu ritmo, sem forçar minha natureza.
Vou trabalhar no limite de minhas forças, fazendo o melhor que puder, mas
sem a obrigação de provar coisas a chefes e colegas de trabalho.
A tradução disso tudo? Estar no comando da própria vida.
Uma frase de Jesus é bastante significativa para os nossos dias: Não vos
preocupeis com o que haveis de comer ou de beber. Não é o corpo mais que a
veste?
* * *
Se você acredita em Deus, tenha em mente que você jamais estará desamparado.
Todas as coisas estarão bem se você estiver em paz. Pois a paz vai gerar
saúde do corpo. Com isso, você poderá trabalhar, sustentar a família,
adquirir os bens que deseja.
Apenas seja cauteloso: não se deixe envolver a tal ponto no turbilhão do
mundo, de maneira que o mundo o arraste para o olho desse furacão de stress.
Vigie suas reações. Monitore seus planos de vida. Pergunte-se: Para que,
realmente, quero isso?
Faça a diferença entre o supérfluo e o necessário e verifique se a sua opção
não está contaminada pelos excessos.
No final, você verá que, em um processo inteiramente natural, a ansiedade
irá, aos poucos, desaparecer.
Redação do Momento Espírita.