Ser mãe…

Eis o trabalho mais difícil da face da Terra.

Ser mãe é seguir o turno de 24 horas, 7 dias por semana.

É estar acordada quando o resto do mundo dorme. É amamentar na madrugada e
ver as luzes das janelas se apagando, até que só reste a sua.

Ser mãe é cheirar a leite por vários meses (e detestar!). E morrer de
saudades de dar o peito, quando o filho desmamar.

Ser mãe é aprender a trocar fralda no escuro. Com direito a passar creme
anti-assaduras, claro!

Ser mãe é preparar a primeira papinha com o maior cuidado do mundo, e levar
um cuspe de volta.

Ser mãe é comer comida fria, é ser a última a se servir. Ou mesmo deixar de
comer, para dar sua parte ao filho que necessite.

Ser mãe é querer que o filho se arraste, engatinhe e finalmente consiga
andar. E quando ele aprende a correr, sentir saudades do bebezinho que
ficava o dia todo em seu colo.

Ser mãe é nunca mais olhar para um termômetro que marca 37 graus do mesmo
jeito. É passar a noite segurando a mão do pequeno, para se assegurar de que
a febre passou.

Ser mãe é morrer de vontade de chorar ao ver o filho doente. E segurar a
onda e sorrir, para não preocupá-lo.

Ser mãe é acordar cansada, depois de uma noite mal dormida. E apesar disso
fazer tudo do mesmo jeito: dar banho, comida, brincar, trabalhar, cuidar da
casa, e colocar o filho para dormir.

Ser mãe é se perguntar quando passará novamente um dia sem ouvir choro
(minha filha tem três anos, e ainda não cheguei lá!).

Ser mãe é querer viajar sozinha, mas abrir mão disso até ter certeza de que
seu filho ficará bem sem ela. E quando esse dia chegar, contar os dias para
receber o abraço da volta.

Ser mãe é exercitar a paciência diariamente. E perdê-la de vez em quando,
entre uma crise de birra e outra.

Ser mãe é ouvir do filho as mesmas palavras que lhe ensinou. E perceber que
não basta falar, é preciso dar exemplo.

Ser mãe é sentir culpa por querer voltar ao trabalho. Ou largar tudo para
cuidar de um filho, e sentir falta de trabalhar fora.

Ser mãe é aprender que, com duas mãos, é possível executar muito mais do que
duas tarefas. Atender ao telefone, empurrar o carrinho, abrir a porta,
escrever um bilhete, e dar a última colherada do prato são só alguns
exemplos das combinações possíveis.

Ah, mas ser mãe também é…

Sentir aquela mãozinha tão pequena e tão forte, que segura seu dedo como que
querendo dizer: “ei, estou aqui, agora você não está sozinha!”.

É poder afagar por alguns anos os cabelos de um pequeno anjo, enquanto ele
está sob suas asas.

É acordar pela manhã com um abraço apertado, como se não se vissem há muitos
anos! O mesmo vale para a saída da escola.

Ser mãe é mostrar uma flor ao filho, e reparar em sua beleza, como há tempos
não fazia.

Ser mãe é se emocionar na primeira vez em que vê o filho repartindo o
biscoito.

Ser mãe é ter direito de chorar na apresentação da escola, do ballet, no
campeonato de natação, sem que ninguém a estranhe por isso.

Ser mãe é ter a casa cheia de risadas e de gritinhos de felicidade. É
lembrar como se brinca de carrinho, de boneca, de esconde-esconde, de
pega-pega.

Ser mãe é adquirir a coragem de fazer o que seu coração realmente deseja.
Porque não há mais espaço para covardias dentro de si.

Ser mãe é tentar ser uma pessoa melhor a cada dia. Porque seu filho merece
uma mãe que se aprimora com o tempo.

Ser mãe é descobrir que o coração é um espaço infinito. E que quanto mais se
ama, mais amor cabe ali dentro.

Mensagem Momento Espírita